Editorial – Eleições CRCs 2019

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Por Zulmir Ivânio Breda, presidente do CFC.

Colegas,

Nos próximos dias 19 e 20, teremos as eleições, em todo o País, para renovação de 1/3 do plenário dos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade. Ao todo, 44 chapas foram registradas para disputar a preferência dos eleitores, que são os profissionais com registro ativo e situação regular em seu respectivo CRC.

 

As eleições deste ano, para os Conselhos Regionais, estão reguladas pela Resolução CFC nº 1.570/2019, que prevê o sistema de votação eletrônica, pela Internet, a exemplo do ocorrido nos últimos anos, mais precisamente desde 2013, quando esse modelo foi adotado com sucesso. Trata-se de um sistema eletrônico seguro e confiável, desenvolvido por empresa especializada nesse tipo de software, contratada pelo CFC após um processo licitatório com uma série de exigências cumpridas.

Além disso, o Conselho Federal de Contabilidade também contratou, por meio de processo licitatório, empresa de auditoria de sistemas para testar, avaliar e comprovar o grau de segurança dos dispositivos do software, visando assegurar a lisura do pleito.

Como se não bastasse, antes da realização das eleições, foi disponibilizada, a todas as chapas concorrentes, uma demonstração técnica do sistema eletrônico de votação, visando dirimir qualquer dúvida dos integrantes das chapas.

Tudo isso com o propósito de dar transparência e credibilidade a esse sistema eletrônico de votação, que oferece imensa vantagem ao eleitor, ao propiciar voto seguro sem precisar se deslocar de sua casa ou de seu ambiente de trabalho. Estamos em tempos de modernidade tecnológica, que avança em escala exponencial, e não podemos deixar de utilizar e oferecer à classe essas facilidades que a tecnologia nos disponibiliza.

Pela sua excelência e credibilidade, o modelo eletrônico do CFC já vem sendo estudado por outros conselhos federais, que buscam a implementação do sistema de votação em suas instituições.

Alguns poucos colegas, inconformados com essa realidade e com a falsa alegação de que o sistema possa permitir manipulação de resultados, tentam barrar esse modelo de processo eleitoral com ações na justiça, querendo retornar ao passado e fazer voltar aos tempos das eleições presenciais, como fazíamos antigamente, com urnas instaladas nas sedes dos CRCs e em suas Delegacias Regionais, obrigando os profissionais a se deslocarem até esses locais para exercerem o seu direito ao voto.  Felizmente, o Poder Judiciário tem rechaçado essas tentativas de volta ao passado, assegurando a legitimidade e a legalidade das eleições promovidas por meio de sistema eletrônico de votação via Internet.

Quero aqui afirmar que não é o sistema de votação que define as eleições, ele apenas aponta o resultado limpo, transparente e legítimo daquilo que é o anseio dos eleitores, ou seja, a sua vontade livre e soberana.

Uma eleição se vence com propostas concretas, objetivas e factíveis, jamais com ameaças ou suspeições. A disputa eleitoral deve se dar no campo das ideias, debatendo-se propostas de trabalho, dentro da área de atuação dos Conselhos Regionais de Contabilidade.

Nossa classe tem maturidade suficiente para entender o que são propostas sérias, objetivas e viáveis de serem implementadas nos Conselhos Regionais e, portanto, não se deixa levar por falsas promessas.

Conclamo, pois, todos os colegas que integram as chapas concorrentes, a elevarem o nível da disputa eleitoral aos melhores padrões de respeito e apreço aos colegas de classe e em relação ao sistema CFC/CRCs, conforme estabelece o nosso Código de Ética Profissional.

Que o debate político classista seja apenas dentro do exercício saudável do processo democrático em alto nível. Ainda, espero que, após o encerramento da eleição, não haja vencidos ou vencedores, mas, sim, apenas o resultado da escolha da classe para seus representantes, os quais irão integrar os Conselhos Regionais com os demais colegas a partir de janeiro do próximo ano.

A função de Conselheiro, seja nos Conselhos Regionais, ou no Conselho Federal, é tarefa relevante a ser prestada à classe e requer preparo, disponibilidade de tempo, comprometimento e, acima de tudo, conduta exemplar, antes, durante e depois do exercício do mandato, em razão do papel de representação da classe e da missão de julgador dos próprios colegas nos processos disciplinares.

Vamos, portanto, dar uma demonstração de maturidade classista, honrando nossas tradições de profissionais íntegros, responsáveis, éticos, e cumpridores dos seus deveres para com os colegas, as entidades e a sociedade.

Seu voto é o que vale!

Boa eleição a todos!